
O Senhor Bom Jesus Quem desce pela rua José Custódio se depara com uma imponente construção datada do começo do século XX, e que domina toda a praça “Rui Barbosa”: È a Igreja Matriz do “Senhor Bom Jesus de Ibitinga” onde encontramos três obras de grande importância histórico- religiosa e cultural para esta cidade: A imagem do “Senhor Bom Jesus”, a “Via sacra” do pintor Duilio Galli e os restos mortais do Servo de Deus “ Nelsinho Santana” Alem de dar o nome à Igreja Matriz, o “Senhor Bom jesus” é o padroeiro da cidade de Ibitinga cuja festa é comemorada todo dia 06 de agosto, data de feriado no município. A história desta imagem confunde-se com a história da fundação da cidade, uma vez que quem a trouxe para cá foi seu fundador Miguel Landim. Em 1885, Miguel Landim foi acometido de febre palustre, e fez uma promessa a Deus de que se conseguisse curar-se, para mostrar sua fé e gratidão, construiria uma capela e colocaria nela uma imagem do seu tamanho. Ao curar-se, soube que que na foz do Rio Tietê, no Forte de Itapura, que havia sido construído para conter o avanço das tropas paraguaias na guerra que se travava na época com o país vizinho, havia uma imagem abandonada com as características da que ele pretendia. Enviou então, seu homem de confiança Nho João, filho de escravos, para buscá-la. Nho João desceu o Rio Tietê de canoa com sua comitiva até o forte onde encontrou a imagem esculpida em madeira de autor desconhecido e a trouxe sem maiores dificuldades para o povoado de Ibitinga. Ao vê-la, Miguel admirou-se ao perceber que ela trazia no rosto traços semelhantes aos seus. Com medo de alguem reivindicá-la Miguel deixou-a escondida por algum tempo, na casa de seu irmão o Alferes Ângelo. Ao construir a capela onde hoje é a praça “Jorge Tibiriçá”, com uma grande peregrinação que chegava ao povoado, colocou nela a imagem onde permaneceu até 1914 quando foi transportada para o altar mor na “Igreja Matriz do Senhor Bom Jesus”. A imagem é esculpida em madeira, possui um semblante sereno, com uma longa barba, e traz na cabeça uma coroa de espinhos. Suas mãos se entrelaçam na frente do corpo. Traz nos ombros um manto bordado. Traz-nos o sentimento de compaixão e amor ao próximo.
 
Nelsinho Santana Os restos mortais do menino Nelsinho Santana, hoje “Servo de Deus”, encontram-se na cripta localizada na nave central da Igreja Matriz . Nelsinho nasceu em Ibitinga em 31 de julho de 1955. Era um menino muito religioso. Aos 9 anos de idade teve uma lesão no braço e foi internado em Araraquara onde recebeu cuidados médicos e catequização. Fez uma promessa de não se queixar de dores mas um dia não aguentando mais procurou sua mãe, e foi internado novamente. Vindo a piorar ,seu braço precisou ser amputado. Mas ele não perdeu a fé, e comungava todos os dias. E dizia que Jesus era seu melhor amigo. Um dia disse ao padre Rodolfo que no natal estaria com Jesus. No dia 24 de dezembro de 1964 às 19 horas veio a falecer sendo enterrado no “Dia de Natal”, comprovando assim sua intuição. Foi considerado “Servo de Deus” em 30 de abril de 2009, após a comprovação da Igreja Católica Apostólica e Romana de três milagres. Atualmente aguarda tornar-se “Venerável” com a comprovação de mais três milagres já acontecidos. Seu dia é comemorado em primeiro de outubro, data de sua primeira comunhão.
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Feira do Artesanato Há 25 anos Ibitinga oferece aos seus visitantes uma “Feira de Artesanato” que acontece todos os sábados das 4 às 13 horas. São 536 bancas com os mais diversos artigos em bordados artesanais. Esta feira está concentrada em três ruas ao redor da Igreja Matriz localizada na rua D. Pedro II no centro da cidade, e outra ao redor da Estação Rodoviária. É uma ótima opção de compras de miudezas tais como: almofadas, panos de prato, fronhas, tapetes etc. É uma feira gratuita, mas os artesãos precisam estar cadastrados na prefeitura e devem produzir seu material artesanalmente. Muitos deles já são micro empreendedores individuais (MEI) fazendo assim parte do mercado formal de trabalho. Os preços são bastante atrativos e alguns deles possuem até maquinas de cartão de credito. Pelo decreto nº 3516-A de 20 de dezembro de 2012 os expositores da feirinha de artesanato, não podem comercializar alguns produtos que são exclusivos das lojas. No seu entorno há ótimos restaurantes, lanchonetes, sorveterias, agencias bancárias, ponto de taxi e funciona ao seu lado também uma feira de produtos do campo, tais como : frutas, legumes , verduras, vassouras, flores, e até barracas de pasteis como uma ótima opção para o lanche. Durante a realização da Feira do Bordado a feirinha funciona inclusive aos domingos, e no feriado de Corpus Christi é transferida para as ruas próximas. Estância Turística de Ibitinga, uma cidade, muitos encantos.
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Turismo de Compras Ibitinga é conhecida como a Capital Nacional do Bordado atraindo para cidade, anualmente milhares de visitantes com sua grande opção de compras de enxovais de cama mesa e banho. A industria e o comercio de bordados fizeram desta cidade uma cidade com um grande desenvolvimento econômico nos últimos anos. Sua industria é quase que totalmente voltada para a área da industria textil. O turismo comercial é uma das principais fontes de renda do município, juntamente com as exportações do seu principal produto e a agropecuária, onde se destacam as culturas de laranja e cana de açúcar. Nos anos 40, o bordado se propagou através das mãos mágicas de senhoras como dona Dioguina Martins Sampaio Pires, dona Maria Gonçalves Amorim Grilo, dona Marieta Macari Pires e dona Maria Braga. Elas ensinavam a arte do bordado em máquinas de costurar, conhecida como “maquininha”, para as moças e jovens senhoras ibitinguenses. No início dos anos 70, Ibitinga buscava um novo caminho para a industrialização. Sua agricultura, vitimada por duas secas consecutivas, enfrentava grande crise e não atendia mais às necessidades de crescimento da cidade. O município já fora também um dos maiores produtores de ovo do estado. Iniciaram-se as primeiras tentativas de industrialização. A evolução na forma de produção e nas matérias-primas utilizadas foi rápida e as máquinas elétricas chegaram especialmente para atender o mercado de Ibitinga. Neste momento, o bordado passava a se tornar fonte principal de renda. Hoje, a tecnologia aprimorou as máquinas e os produtos utilizados na fabricação das confecções bordadas, mas o grande segredo do sucesso é a mão-de-obra, com acabamentos e processos artesanais, que se especializa a cada dia. |
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Ultrapassando Fronteiras Na ‘Capital Nacional do Bordado’ grandes empresas empregam milhares de funcionários, pois, o produto é a principal atividade econômica da cidade, ultrapassando as fronteiras do país, fazendo negócios com o MERCOSUL, mercado europeu, asiático, americano e africano. A produção da linha de bordados em cama, mesa, banho, decoração e confecções de Ibitinga contribui para fazer com que o Brasil ocupe lugar de destaque, no ranking dos maiores produtores têxteis do mundo. Localizada na região central do Estado de São Paulo, Ibitinga possui fácil acesso às principais rodovias de São Paulo. Ao longo dos anos, a produção do bordado na Estância Turística de Ibitinga consolidou uma cadeia produtiva que engloba cerca de 2.200 estabelecimentos comerciais, industriais e de serviços, responsáveis por aproximadamente 40 mil empregos diretos e indiretos Ibitinga é um shopping a céu aberto, pois em suas ruas centrais encontra-se o ‘Centro Comercial’, composto por mais de 1.200 lojas que comercializam produtos bordados. As fábricas de bordados e afins chegam a 2.800 estabelecimentos, e nesse patamar está a grandeza da ‘Capital Nacional do Bordado’. |